quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Amor

Sorri e olha para mim. E aquela luz me aquece e meu corpo reage. Indo. Fui.
Beijei você na ponta dos pés . Eu te olho e não desejo mais nada. Você sorri, segura meu rosto com as duas mãos. 
Você me deitou brincando com meus pés "tão pequenos", e eu disfarço a ternura quando olho para você. Eu não posso ser frágil. Não, não. E você me abraça, e eu queria dormir ali para sempre. Adormeço enquanto você, tão lindo, diz algo sobre a vida. Eu fico sua confidente, muda.
E você me deixa em casa. Eu finjo que quero descer, mexendo no bolso reclamando que nunca acho a chave. Você me ajuda. A luz , tão direta, incide nos seus olhos e eu não quero acreditar na beleza justa e franca que vejo. Eu fico lá perdida, navegando.
E você novamente prende meu rosto em suas mãos, acha engraçado, "tão pequena", e eu mordo o canto da boca. Você me morde fraquinho, e eu quero voltar para te abraçar. 
Eu chego na aula, e lá está você no canto, a mão apoiando a cabeça. Eu sento ao seu lado e não sei o que fazer.
Eu ouço suas notícias do dia. 
Fiquei, com o corpo tremendo. E você me puxou de volta e me abraçou tão perto, que eu não consegui. Mas você me deu abrigo, me deu carinho e uma mensagem de boa noite "ainda está acordada?".
Eu fujo para te encontrar. Eu sorrio para ser um pouco de você, Você me deixa tão eu, pequena menina que balança os pés. Doce, brincando no meu caderno, você escreve algo que descubro depois.
Você me faz lembrar de algo melhor, nos seus olhos, nas sua mãos, no seu corpo protegendo o meu. Eu agora nada posso escolher. Apenas você.

Talissa Santana

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