terça-feira, 15 de outubro de 2013

Do que aprendi.

Do que aprendi

Sempre gostei de sonhar,me encontrava assim. No avesso. No final de todas as minhas emoções nascia pura novamente. Para mim o tanto que me apresentavam nunca era o bastante. Eu era tão limitada e tão fluida que me choquei nas bordas da minha própria existência.
Nessas bordas eu encontrei o inacessível calabouço de quem não se contenta em sonhar.
Se eu voasse você alçaria vôos comigo? E se você não conseguir eu ficarei na terra procurando uma maneira de trazer o céu.
Mas isso não me bastaria,já que sou humana e me machuquei lá no fundo quando você não quis ousar.
Andei um pouco na poeira e em desertos,sertões solitários. Lá no silêncio árido,pude realizar alguma beleza infinita.Vi alguns sonhos acordados. A lágrima que teimava em cair,secou. Me tornei antiga e mais sábia,porém mais nova não pudera ser.


Talissa Santana

























quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Seus olhos

Amor, vamos revirar as ruas por aí. Andar por elas ao contrário. Com as verdades estampadas na testa. Para que todos vejam o que realmente somos. Sem filtros. Ou talvez, uma peneira, com pequenos furos, por onde a claridade possa passar. Assim, irradiando o que sentimos. Inconstâncias, não existem dentro de mim. Sei o que tenho, sei o que quero, você, apenas. Ou sei. Apenas não mostro. Não vamos esconder tudo. Guardemos para o mundo. Percebo que compartilhar vale a pena. Nos apequena a mesquinhez. Sabemos o que somos. Queremos mais. O que nutre nosso espírito não encontramos figurado. Vai além. Desperta outros sentidos. Aqueles que sentimos quando estamos juntos. Estão trancafiados. Guardados a sete chaves. Pois são precisosos demais, os mais importantes para mim. O que buscamos não é insólito, apesar do que dizem. Somos  compatíveis. Sei muito bem disso, pois falo com quem me ouve pacientemente. Sem muito ter que explicar. Sem muito ter que perguntar. Eu sei, bem demais, você me conhece, já te conheço. Poderia entrar na tua casa, colocar todas as músicas que tu gostas. Dançaríamos a nossa dança.  Juntos. Por tempo suficiente desfrutaremos momentos nossos. Seguros de nós mesmos, criamos algo nosso. Na minha casa, na sala onde não tem cortinas. Ignorando os vizinhos. Somos assim. Não nos importamos com a opinião alheia. Sabemos o que sentimos quando nos olhamos. Trocamos palavras pelos olhares.  Não preciso te explicar nada. É assim, simples, indolor. Sem calmantes ou analgésicos. Contigo a vida flui. Quase sem palavras me fazes rir. Quando fala, meus olhos se iluminam, amo ouvir-te. Sou leve agora. Nos sorrisos que trocamos esquecemos o peso do mundo. O mundo não tem graça sem o seu olhar radiante. Achamos ridículo, de certa forma, conseguimos ficar irritados, com as mazelas do mundo, com as pessoas ruins e arrogantes, as quais nunca nos tornaremos. Reclamamos. Dois minutos de silêncio. Nos olhamos, caímos na gargalhada. Apenas tu tens o poder de me virar do avesso. Eu te amo por completo, e quero absorver tudo do amor da minha vida pelo resto dos meus dias. Te amo meu príncipe!

Talissa Santana